14.1.07

Corpo-a-corpo com a crítica


Meu novo herói é o Uwe Boll, diretor canastrão que perpetrou algumas terríveis adaptações para cinema de games como Alone in the dark, Blood Rayne e House of the Dead. Após ser malhado sucessivamente pela crítica especializada, tanto de cinema quanto de analistas de videogames, eis que o cidadão desafia publicamente seus críticos a resolver suas diferenças com ele em cima de um ringue de boxe. Sim, é isso mesmo: o alemão chamou a crítica pro pau, literalmente. Nem todos puseram muita fé, mas Boll falou sério, e uma meia dúzia de bravos se dispôs a encarar a parada. E...foram espancados sem dó pelo cineasta, um depois do outro. Sim, o cara bateu em todos, no melhor estilo, "próximo...". E o melhor, o sujeito tem classe, sabe mesmo boxear. As lutas foram em Vancouver e seguiram o modelo oficial, com juiz, público e tudo. Não bastasse a surra, depois de derrotar seus adversários, o cineasta dizia coisas como "Quando você faz um filme como House of the Dead, o que você pode esperar dele? Um A lista de Schindler?".
[no www.youtube.com/watch?v=tqbVb-W7GqI tem um vídeo com as lutas, pros incrédulos]
Indago-me então se Uwe não teria inaugurado um novo modelo de "atitude", resgatando uma forma algo primitiva mas franca de acertar as desavenças em pleno mundo do show business... Achei a iniciativa inspiradora, e já penso na transposição do formato para o universo das artes visuais: é no mínimo estimulante imaginar artistas desafiando curadores e críticos [Affonso Romano de Sant'anna seria um forte candidato] para um vale-tudo público, com torcida, apostas...Vamos ver se vinga.

Um comentário:

ariel disse...

Estou lembrando do dadaista Arthur Cravan, que, se não me engano, marcou uma luta de boxe com um campeão na espanha, mas pagou pau em cima da hora...

Eu gostaria de bater no Romano também, mas eu quereria algo mais para luta livre, aquelas que agente esfrega a orelha do opositor até ficar toda ralada e feia...rs